A aplicação da multa causou revolta entre paroquianos da igreja e moradores da Vila Romana. O motivo da multa: o sino tocou 16 segundos além do permitido, na manhã do dia 30 de novembro, quando duas fiscais constataram que os ruídos também chegavam a 80 decibéis às 9h50 - o limite são 65 decibéis.
''No fim de agosto, vieram e disseram que tinham recebido a denúncia do barulho. Mas em nenhum momento me orientaram, não sabia que o sino só poderia tocar por 1 minuto'', argumenta o Padre Raimundo Vieira, 44 anos, que comanda a Igreja. ''Quando voltaram, em novembro, já foi para multar.'' O sacristão responsável por tocar os sinos também lamenta a multa. ''É uma coisa bonita (o badalar dos sinos), as pessoas gostam tanto. Nunca conheci alguém que não gostasse do barulho.''
''Quem fez a denúncia só pode ser um neurótico que não consegue dormir à noite'', complementa o padre. Após a primeira fiscalização do Psiu, a Igreja também parou de reproduzir uma gravação da Ave-Maria de Gounod nos alto-falantes da paróquia. A música era tocada todos os dias, às 18 horas.
A Arquidiocese de São Paulo recorreu da multa, sob o argumento de que não houve orientação sobre a lei que impede o badalar por mais de 60 segundos. Os fiéis citam, por exemplo, os toques na catedral da Sé e no mosteiro de São Bento.
Fiel e frequentadora da Igreja, Maria Angelo Faria, de 68 anos, está indignada. ''Esse sino só emociona as pessoas, conheço gente que até chora quando houve de manhã'', afirma a fiel. ''Nós vamos descobrir quem foi esse imbecil que quer acabar com nossa Igreja'', emendou Alberto de Oliveira, de 44 anos.
Fonte: O estadão São Paulo/Diego Zanchetta
Nenhum comentário:
Postar um comentário