A manicure Lucilene Braga Olímpio, mãe de dois alunos, conversava com outros pais e em tom de indignação reclamava a falta de comunicação aos pais e responsáveis. “Tiraram a oração do Pai Nosso, uma oração universal, que não tem credo religioso, por um minuto de silêncio. Tem tanta coisa que as escolas precisam melhorar e os governantes querendo mexer logo nisso? ”, reclamou.A reclamação dela, é que isso não é correto, que por causa de um único aluno, os alunos sejam proibidos de professarem fé. “O Estado é laico, o aluno não. Agora, fazem um minuto de silêncio. Estão proibindo até de rezar? e a Semed fez isso sem conversar com ninguém”, indignou-se.
Para o diretor da escola, Luciano de Brito, muitas crianças chegam mais cedo ao colégio e acabam com aquele corre-corre natural da idade. A acolhida sempre foi a maneira de fazer com que eles se acalmassem um pouco antes de entrar para a sala de aula, mas com a nova determinação, a escolha por um minuto de silêncio foi o jeitinho que encontraram para que cada um pudesse se interiorizar individualmente.
A determinação
De acordo com informações da assessoria de imprensa da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) recebeu do Ministério Publico Estadual, por intermédio da procuradora Jaceguara Dantas da Silva, da 69° Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, uma determinação, sob pena de ajuizamento de ação judicial “para que não haja prática de recitação de oração do ‘pai nosso’ ou qualquer outra manifestação de cunho religioso na rede pública municipal de ensino desta Capital.”. A prefeitura alegou que atendeu ao pedido da promotora e com isso a Semed encaminhou para todas as unidades escolares a informação para que fosse atendida a determinação.
Fonte: O estado Online/Liziane Berrocal & Viviane Nunes 02/04/2016
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