Téa, a ateia©

“Deuses são coisas frágeis; eles podem ser mortos com uma baforada de ciência ou uma dose de senso comum.” -Chapman Cohen

30/11/2016

Seletividade Divina - Tira inédita

Tira inédita sobre o assunto do momento.
Muita gente falando por aí essa história de ter sido um milagre e graças a Deus algumas pessoas terem saído com vida de um acidente que vitimizou muita gente. Meu pensamento e resposta para isso. AH, antes que comecem o ''mimimi'' e a revolta francesa contra a página, saibam ante mão que a intenção não é falar com respeito com os mortos e com a situação, mas um questionamento que certamente muitos fizeram e fazem em casos parecidos. Por que pode salvar alguns e não todos? 
Onipotência não é bem isso.


24/11/2016

Igreja Católica admite responsabilidade por genocídio em Ruanda

A religião desempenhou um papel fundamental, como padres, freiras e bispos participaram na matança e incitou em seus púlpitos, nas estações de rádio da Igreja e nos jornais - quando os perseguidos se refugiaram em igrejas, os mensageiros de Deus indicou o Governo esquadrões da morte


Em abril de 1994, em Ruanda começou uma massacre que durou três meses, em que os membros de hutus étnicos mataram cerca de 800.000 pessoas , em uma tentativa de acabar com a étnica 'rival' tutsis, e que também eles caíram hutus que não estavam dispostos a participar no genocídio. A religião desempenhou um papel fundamental, como padres, freiras e bispos participaram na matança e incitou em seus púlpitos, nas estações de rádio da Igreja e nos jornais - quando os perseguidos se refugiaram em igrejas, os mensageiros de Deus indicou o Governo esquadrões da morte (maioria hutu). . O amor cristão puro, por agora, depois de 22 anos, que parece que a Igreja Católica em Ruanda admitiu a responsabilidade pelo genocídio e pediu desculpas:

Até agora, a Igreja Católica de Ruanda negou seu envolvimento no genocídio e considerou que padres e freiras participantes tinham feito individualmente
Ontem [Domingo 20 de novembro] foi lida em todas as paróquias de Ruanda uma declaração sem precedentes: o pedido de desculpas a Igreja Católica por seu envolvimento no genocídio que devastou o país em 1994. 

o texto reconhecido que os membros da Igreja planejado, assistida e realizou o genocídio no qual 800.000 tutsis e hutus moderados foram mortos por hutu extremistas.

É um bom passo na direcção certa, embora eu não acho que é o suficiente - um pedido de desculpas não faz muito sentido se não é nenhum verdadeiro arrependimento ( " contrição " chamados católicos), e poderia muito bem mostrar não só pedir desculpas, mas que aparece antes do tribunais, confessando crimes e invocando o julgamento. 

e já que estamos fazendo sugestões, não ferir a, pela primeira vez, a Igreja abrir seus cofres e economicamente reparado alguns dos danos que eles fizeram , e que suas desculpas são não eles permanecem apenas palavras.
Por a forma, vale a pena lembrar que a lista de coisas que a Igreja poderia se desculpar permanece diabolicamente longa. 
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FONTE: avançado por: David Osorio

02/11/2016

Como surgiu o dia de finados?

No dia 2 de novembro se celebra o culto aos mortos ou o dia de Finados. Qual a origem do culto aos mortos ou do dia de Finados?


O dia de Finados só começou a existir a partir do ano 998 DC. Foi introduzido por Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica.

Como chegou aqui no Brasil essa celebração de 02 de novembro ser celebrado o dia de Finados?

O costume de rezar pelos mortos nesse dia foi trazido para o Brasil pelos portugueses. As igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são decorados com flores, e milhares de velas são acesas.

Tem apoio bíblico essa tradição de se rezar pelos mortos no dia 2 de novembro? Como um cristão bíblico deve posicionar-se no dia de Finados?

Nada de errado existe quando, movidos pelas saudades dos parentes ou pessoas conhecidas falecidas, se faz nesse dia visita os cemitérios e até mesmo se enfeitam os túmulos de pessoas saudosas e caras para nós. Entretanto, proceder como o faz a maioria, rezando pelos mortos e acendendo velas em favor das almas dos que partiram tal prática não encontra apoio bíblico.

A maioria das pessoas que visitam os cemitérios no dia de Finados está ligada à religião católica. Por que os católicos fazem essa celebração aos mortos com rezas e acendendo velas junto aos túmulos?

Porque segundo a doutrina católica, os mortos, na sua maioria estão no purgatório e para sair mais depressa desse lugar, pensam que estão agindo corretamente mandando fazer missas, rezas e acender velas. Creem os católicos que quando a pessoa morre, sua alma comparece diante do arcanjo São Miguel, que pesa em sua balança as virtudes e os pecados feitos em vida pela pessoa. Quando a pessoa não praticou más ações, seu espírito vai imediatamente para o céu, onde não há dor, apenas paz e amor. Quando as más ações que a pessoa cometeu são erros pequenos, a alma vai se purificar no purgatório.

Fora a crença sobre o estado dos mortos de católicos e evangélicos, existem outras formas de crer sobre a situação dos mortos. Pode indicar algumas formas de crer?

Sim.
A) os espíritas creem na reencarnação. Reencarnam repetidamente até se tornarem espíritos puros. Não crêem na ressurreição dos mortos.
B) os hinduístas creem na transmigração das almas, que é a mesma doutrina da reencarnação. Só que os ensinam que o ser humano pode regredir noutra existência e assim voltar a este mundo como um animal ou até mesmo como um inseto: carrapato, piolho, barata, como um tigre, como uma cobra, etc.
C) os budistas creem no Nirvana, que é um tipo de aniquilamento.
D) As testemunhas de Jeová creem no aniquilamento. Morreu a pessoa está aniquilada. Simplesmente deixou de existir. Existem 3 classes de pessoas: os ímpios, os injustos e os justos. No caso dos ímpios não ressuscitam mais. Os injustos são todos os que morreram desde Adão. Irão ressuscitar 20 bilhões de mortos para terem uma nova chance de salvação durante o milênio. Se passarem pela última prova, poderão viver para sempre na terra. Dentre os justos, duas classes: os ungidos que irão para o céu, 144 mil. Os demais viverão para sempre na terra se passarem pela última prova depois de mil anos. Caso não passem serão aniquilados.
E) os adventistas creem no sono da alma. Morreu o homem, a alma ou o espírito, que para eles é apenas o ar que a pessoa respira, esse ar retorna à atmosfera. A pessoa dorme na sepultura inconsciente.
FONTE: http://www.cacp.org.br/ Ministério Apologético


28/10/2016

Pastores brasileiros usam psicanálise para cativar fiéis evangélicos

Por meio do estudo das teorias de Freud, religiosos tentam aumentar o rebanho e o dízimo


Segundo Doryedson Cintra, professor de psicanálise nos cursos realizados pela Sociedade Contemporânea de Psicanálise (SCOPSI), as religiões evangélicas estão praticando uma psicanálise selvagem, espécie de chantagem terapêutica que ele chama de “comando passivo”. “Os pastores sabem que há algo na vida de cada indivíduo que inspira o medo e o terror. Só não sabem o quê. Com a apologia ao medo, eles incitam os membros a ponto de despertarem um comportamento histriônico, uma espécie de teatralidade muito comum nos casos de possessão”, teoriza. Ele afirma que, na verdade, essas pessoas se encontram psicologicamente abaladas e, inconscientemente, desenvolvem comportamentos que poderiam perfeitamente ser diagnosticados como transtornos histéricos, e não casos de possessão. 
Ainda que as pessoas busquem a religião e a psicanálise para lidar com seus sofrimentos, Wellington Zangari acredita que o ponto de contato entre ambas termina aí: “Cada uma dessas perspectivas oferecem compreensões do ser humano baseadas em modos de obter conhecimento que são, por vezes, antagônicas”. A religião supõe a existência de agentes espirituais intencionais e uma ordenação da realidade que é ligada àqueles agentes. A ciência, por outro lado, não enxerga a realidade a partir de referenciais sobrenaturais.
Segundo ele, ao contrário da religião, a psicanálise encontra a natureza do sofrimento humano no próprio sujeito, em sua subjetividade e dinâmica pessoal. Nada é atribuído a Deus ou a qualquer associação do tipo. Além disso, as formas de lidar com esse sofrimento são distintas: “A religião poderá buscar a solução do sofrimento pela via da salvação divina ou do afastamento do demônio, o que supõe uma ação de tipo sobrenatural ou, ao menos, um contato entre o ser humano e uma instância desse universo transcendente. Na psicanálise, lida-se com o sofrimento justamente colocando o sujeito no centro, na natureza mesma do sofrimento. Ele próprio é o agente último da ação, implicado até o pescoço no sofrimento que sente.”
Matéria original publicada na revista Cult, publicação mensal sobre cultura, artes e ideias. 
Mais aqui: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/37724/pastores+brasileiros+usam+psicanalise+para+cativar+fieis+evangelicos.shtml

26/09/2016

NASA atualizou os meses dos signos do Horóscopo


Nós não queremos ser dramático, mas a NASA acaba de arruinar nossas vidas . Pelaprimeira vez em 3.000 anos, eles decidiram atualizar os sinais astrológicos . Isto significa que a maioria dos nós está prestes a experimentar uma crise total de identidade.Aparentemente, estas alterações são devido ao fato de que as constelações não estão na mesma posição no céu que eram uma vez, e os sinais estrelas são cerca de um mês de folga agora, como resultado. Para confundir ainda mais as coisas, existe agora uma nova, 13 de sinal, chamada Ophiuchus, que os nascidos entre 29 de novembro e 17 de Dezembro têm a sorte de ter que aprender a pronunciar. Aqui está a explicação definitivamente-não-confuso da NASA para isso:
"As constelações são diferentes tamanhos e formas, de modo que o Sol passa diferentes comprimentos de tempo alinhado -se com cada um", dizem eles. "A linha da Terra através do Sol aponta para Virgo por 45 dias, mas ele aponta para Scorpius por apenas sete dias .Para fazer um jogo arrumado, com o seu calendário de 12 meses, os babilônios ignorou o fato de que o Sol realmente se move através de 13 constelações, e não 12. Em seguida, eles atribuído a cada uma das 12 constelações períodos de igual duração. Além das 12 constelações familiares do zodíaco, a Sun também está alinhada com Ophiuchus por cerca de 18 dias a cada ano ".
Abaixo, a nova composição astrológico por sinal: Você pode agora avançar para entrar em um ataque de pânico, embora o forro de prata é que esta notícia desconcertante também pode ser usado como uma desculpa para comprar mais coisas .
Capricórnio  janeiro 20-16 de Fevereiro de
Aquarius  fevereiro 16-11 de Março de
Peixes  de Março de abril 11-18
Aries  abril 18-13 de Maio de
Taurus  maio 13-21 de Junho de
Gêmeos  junho 21-20 de Julho de
Cancer  de Julho de 20-10 agosto
Leo  de Agosto de 10 - 16 de de Setembro de
Virgo  de Setembro de outubro 16-30
Libra  outubro 30-23 de Novembro de
Escorpião  novembro 23-29 de Novembro de
Ophiuchus  29 de novembro-dezembro de 17
Sagitário  17-20 dezembro de Janeiro de

22/09/2016

Ateus são mais inteligentes que religiosos?

A pergunta é provocadora. De acordo com um artigo publicado em um jornal britânico de psicologia "Intelligence", a resposta é sim. Foram comparados 137 países: em 60% deles, os crentes são os de QI menor. 

O autor do estudo, o psicólogo Richard Lynn, da Universidade do Ulster (Irlanda do Norte), diz estar absolutamente convencido da relação entre ateísmo e inteligência. Mas sua opinião está longe de ser consenso.Há décadas, pesquisas buscam associar inteligência e baixa religiosidade. O artigo de Richard Lynn é um mix dessas teorias, aliadas a outras, ainda mais polêmicas, que relacionam QI e raça. 
Em alguns países, por exemplo, alguns dados não bateram. Cuba e Vietnã têm muitos ateus (40% e 81%, respectivamente), mas QIs medianos. Já nos Estados Unidos, que tem média 98 de QI, 90% das pessoas dizem acreditar em Deus. Lynn diz que Cuba e Vietnã são exceções porque passaram pelo comunismo, quando houve forte propaganda anti-religiosa. Já nos EUA "há muitos imigrantes de países católicos, que mantêm os índices altos".
Na verdade, trata-se de um dilema no estilo daquela antiga marca de biscoitos: o sujeito é ateu porque é mais inteligente ou é mais inteligente porque é ateu? A hipótese de Lynn é que, quanto mais inteligentes as pessoas, maior a facilidade de questionar dogmas religiosos. "Se a pessoa é mais educada, tem acesso a teorias alternativas de criação do mundo. Por isso, o QI alto leva à falta de religiosidade", diz Richard Lynn.
Porém, ele mesmo admite que generalizações indevidas podem ser feitas a partir desses dados. "Há muito de cultural nesses testes. E isso se reflete no mau desempenho de tribos rurais. Há também a tão alardeada inteligência emocional e uma série de características sociais que geram vantagem nos tempos modernos", afirma Lynn. Ou seja: para o próprio pesquisador, QI mede muito mais modernidade do que inteligência.
É justamente nesse ponto que o estudo é questionado por outros especialistas: o quociente de inteligência é uma medida relativa. Sim, com mais instrução, é provável que a pessoa tenha acesso a outras teorias sobre a origem das coisas, a outros livros que não os sagrados. "Mas daí dizer que teorias religiosas emburrecem é um passo muito grande", diz o coordenador da pós-graduação em ciência da religião da Universidade Metodista, Jung Mo Sung. "Além de preconceito."
Fonte: GALILEU - 2015

29/08/2016

Anjo do Inferno: A verdadeira Madre Teresa de Calcutá


Médicos classificaram esses locais de “casas da morte” ou de “necrotérios”. No âmbito da Organização Mundial da Saúde (OMS) houve denúncias de que as “casas” eram locais de epidemias. Uma ex-voluntária escreveu que faltava até AAS para amenizar a dor dos doentes.

Essa são algumas das revelações do estudo “O Lado Escuro de Madre Teresa” feito por Serge Larivee, Carole Senechal e Geneviève Chenard, da Universidade de Montreal, Canadá.

Em 1979, ela foi premiada com o Nobel da Paz e em 2003 beatificada pela Igreja Católica. A missionária já tinha se tornado um símbolo da caridade cristã.

Mas os pesquisadores canadenses, após examinar mais de 500 documentos, constataram que os alegados altruísmo e generosidade de Madre Teresa não passavam de fantasia vendida como verdade pela imprensa internacional.

A rigor, ela foi “inventada” pelo jornalista Malcolm Muggeridge, da BBC, que lhe dedicou em 1969 o documentário “Algo bonito para Deus”, apresentando ao mundo a figura frágil de uma missionária que se dedicava aos pobres e doentes da Índia. Em 1971, o jornalista publicou um livro com o mesmo título.

A missionária abriu centenas de “casas de doentes” em vários países, mas não as tornava hospitais de fato, a ponto de os doentes serem mantidos em agonia em esteiras no chão. Fotos na imprensa desses doentes ajudaram Teresa a arrecadar milhões, inclusive de ditadores sanguinários, como François Duvalier, o Papa Doc do Haiti.

Para Larivee, Madre Teresa colocou em prática a sua convicção de que o sofrimento humano é fundamental para a salvação. Ela acreditava que os sofredores estavam mais perto do céu e de Cristo.

O jornalista britânico radicado nos Estados Unidos Christopher Hitchens (1949- 2011) já tinha denunciado o embuste que era Teresa ao publicar em 1995 o livro “A Intocável Madre Teresa de Calcutá”.



Diz um trecho do livro: “Tenham em mente que a receita global da Madre Teresa é mais do que suficiente para equipar várias clínicas de primeira classe em Bengala. A decisão de não fazê-lo [...] é deliberada. A questão não é o alívio do sofrimento honesto, mas a promulgação de um culto baseado na morte e sofrimento e subjugação."

Na época, Hitchens foi ”crucificado” pelos católicos por ter criticado a ''boa'' e ''santa'' velhinha.

Um fato pouco conhecido é que a missionária acobertou um padre pedófilo, o ex-jesuíta Donald McGuire.

Em 1993, o sacerdote, que era amigo de Teresa, estava afastado de suas atividades por abusar de um garoto. A missionária usou sua influência para que McGuire voltasse à ativa.

Nos anos seguintes, oito outras queixas de pedofilia foram apresentadas por fiéis à Igreja e às autoridades. E McGuire acabou condenado a 25 anos de prisão.

26/08/2016

Infância oculta do menino Jesus


As versões sobre como se deu a separação entre os evangelhos canônicos e apócrifos, durante o Concílio de Nicéia no ano 325 D.C, são também singulares. Uma das versões diz que estando os bispos em oração, os evangelhos inspirados foram depositar-se no altar por si só!!! ... Uma outra versão informa que todos os evangelhos foram colocados por sobre o altar, e os apócrifos caíram no chão... Uma terceira versão afirma que o Espírito Santo entrou no recinto do Concílio em forma de pomba, através de uma vidraça (sem quebrá-la), e foi pousando no ombro direito de cada bispo, cochichando nos ouvidos deles os evangelhos inspirados. Kkkk pode isso gente? Até na parte de montar a história toda por ordem de Constantino, o que atribui divindade ao personagem Jesus. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes. E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a mesma entidade existente) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; à distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido 3 unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.



24/08/2016

Pesquisador: história de Jesus é farsa criada por romanos


Historiador americano afirma que a figura de Jesus foi usada como propaganda pelos romanos para acalmar os povos sob seu domínio


O pesquisador americano Joseph Atwill, que afirma que a figura de Jesus Cristo foi fabricada pela aristocracia romana, diz ter encontrado novos dados que confirmam sua teoria. O historiador diz que um relato da Judeia do século I contém diversos paralelos entre Jesus e o imperador romano Tito Flávio. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail .  
Atwill afirma que essas "confissões" são "clara evidência" de que a história de Jesus é "na verdade construída, ponta à ponta, baseada em histórias anteriores, mas especialmente na biografia de um César romano".
James Crossley, da Universidade de Sheffield, diz ao jornal que a teoria de Atwill é como os livros de Dan Brown. "Esse tipo de teoria é muito comum fora do mundo acadêmico e são normalmente reservadas à literatura sensacionalista." 
"Cidadãos alertas precisam saber a verdade sobre nosso passado para podermos entender como e por que governos criam falsas histórias e falsos deuses", diz Atwill. O americano irá apresentar seus dados em uma palestra em Londres. A entrada custa 25 libras (cerca de R$ 87).
Segundo o pesquisador, a criação de uma figura foi usada como propaganda pelos romanos para acalmar os povos sob seu domínio. "As facções de judeus na Palestina da época, que aguardavam por um messias guerreiro profetizado, eram uma constante fonte de insurreição violenta durante o primeiro século", diz o historiador.
"Quando os romanos exauriram os meios convencionais de anular rebeliões, eles mudaram para a guerra psicológica. Eles pensaram que o meio de parar a atividade missionária fervorosa era de criar um sistema de crença adversário. Foi quando a história do messias 'pacífico' foi inventada", diz Atwill.
O pesquisador diz que, ao invés de encorajar a guerra, o messias inspirava a paz e ainda dizia aos judeus darem a "César o que é de César" e, assim, pagar suas taxas para Roma.
Atwill diz ter encontrado um relato de Flávio Josefo (historiador romano) sobre a guerra entre romanos e judeus. O americano argumenta que o texto contêm diversos paralelos entre o texto e o Novo Testamento.
A sequência de eventos e localidades visitadas por Jesus Cristo segundo o texto bíblico é aproximadamente a mesma da campanha militar de Tito Flávio, imperador romano durante a guerra, afirma Atwill. O Daily Mail destaca, contudo, que Tito Flávio nasceu em 39 d.C. e morreu em 81 d.C., muito depois de Jesus Cristo.
O historiador americano afirma que os imperadores romanos nos deixaram um quebra-cabeça a ser desvendado. Segundo Atwill, a solução do enigma é: "nós inventamos Jesus Cristo e somos orgulhosos disso". 
Fonte: Terra - 11/10/13



21/08/2016

Miguel Servet, 'O Médico que foi queimado vivo pela Igreja por pensar demais.

Miguel Servet é uma das milhares de figuras quase desconhecidas que foram silenciadas pela covardia religiosa e serve de exemplo do amor cristão que tanto propagam. Felizmente as religiões perderam muito o poder de impor suas verdades, mas exatamente os mesmos e empoeirados dogmas são ensinados através de lavagens cerebrais em aulas de catecismo à crianças, porque são as únicas que, por não terem discernimento, aceitam suas fantásticas estórias.
 Miguel Servet, nasceu em Aragão na Espanha em 1511 e foi assassinado pela Santa Inquisição religiosa em 1553, seu nome está ligado à história da medicina. Servet foi um estudioso e descobridor do funcionamento da circulação sanguínea. Foi quem primeiro descreveu a circulação pulmonar.

Era um devotado às questões transcendentais de natureza religiosa e filosófica, isto em meio às disputas resultantes da Reforma liderada pelo alemão Lutero e o frances Calvino.
Estudou leis em Toulouse, teologia e hebraico em Louvain, e medicina em Paris, tendo-se destacado por seu interesse pela anatomia.
Mas porque a religião o perseguiu? Pelo crime que mais a assusta: PENSAR.
Durante toda a sua vida Servet escreveu sobre questões religiosas. Pregava a volta a um cristianismo "puro", tal como fora ensinado por Jesus.
O que mais atraiu a ira religiosa foi sua ingênua ousadia em contestar o dogma da Santíssima Trindade. Aquele que diz que o Deus cristão é três mas é um ao mesmo tempo. Numa época em que Reformistas e Conservadores se defrontavam por toda a Europa, ele foi um daqueles infelizes que buscou alguma racionalidade em suas observações.
As suas arrojadas idéias foram expostas em julho de 1531, ele tinha 20 anos, publicou De trinitatis erroribus ("Sobre os erros da trindade"). No ano seguinte ele publicou Dialogorum de Trinitate ( "Diálogos sobre a Trindade"). Seus escritos desagradaram tanto aos católicos quanto aos protestantes.
Interessante é saber o motivo de seu interesse pela circulação pulmonar. Está escrito na Bíblia que "a alma da carne é o sangue" (Lev. 17.11) e que "o sangue é a vida (Deut. 12.23). No livro dos Salmos (104. 29), por sua vez, a importância da respiração para a manutenção da vida é ressaltada nas seguintes palavras: "se lhes tira a respiração, morrem, e voltam para o seu pó". Essas passagens bíblicas levaram Servet a estudar a circulação pulmonar, onde o sangue e o ar se misturam, pois no seu entender, o conhecimento da circulação pulmonar conduziria a uma melhor compreensão da natureza da alma. Fez uma descrição detalhada e correta da circulação pulmonar para a época.
A sua descoberta da circulação pulmonar foi divulgada em um livro sobre religião intitulado Christianismi Restitutio, que, como todo avanço científico, foi considerado herege pela Igreja e acabou lhe custando a vida. Estes livros foram confiscados e incinerados. Salvaram-se apenas três exemplares, um se encontra em Paris, outro em Viena e outro em Edimburgo. Uma segunda edição, publicada em Londres em 1723, foi novamente apreendida e incinerada. Acusado de heresia, Servet foi preso e julgado em Lyon, na França. Conseguiu fugir da prisão e quando se dirigia para a Itália, através da Suíça, foi novamente preso em Genebra, julgado e condenado a morrer na fogueira por decisão de um tribunal eclesiástico sob direção de um dos fundadores do protestantismo, o próprio Calvino, que ainda hoje é venerado como Santo por alguns religiosos.
A sentença foi cumprida em Champel, nas proximidades de Genebra, no dia 27 de outubro de 1553. Ele tinha 42 anos. Puseram-lhe na cabeça uma coroa de juncos impregnada de enxofre e foi queimado vivo em fogo lento com requintes de sadismo, bem ao gosto dos religiosos da época, para servir de exemplo. A sua descoberta foi por muito tempo proibida pela Igreja e consequentemente ignorada pela medicina oficial.
Como sempre a Igreja faz, reconheceu tarde seu erro. Um monumento em sua memória foi erguido em 1903, em Champel, na Suíça, assinalando o local de sua execução. Depois outras homenagens lhe foram prestadas em toda a Europa. Miguel Servet é uma das milhares de figuras quase desconhecidas que foram silenciadas pela covardia religiosa e serve de exemplo do amor cristão que tanto propagam. Felizmente as religiões perderam muito o poder de impor suas verdades, mas exatamente os mesmos e empoeirados dogmas são ensinados através de lavagens cerebrais em aulas de catecismo à crianças, porque são as únicas que, por não terem discernimento, aceitam suas fantásticas estórias.

CRÉDITOS: Carlos Mello. Economista formado pela UFRGS, trabalha com Avaliações Financeiras e Cálculos Periciais. 

15/08/2016

As expressões evangélicas mais sem sentido usadas nas Igrejas e seus reais significados.

#EXORTAR
Essa expressão é usada de modo equivocado em 100% das Igrejas. Segundo qualquer dicionário, exortar significa “animar, incentivar, estimular”. Logo, exortar o irmão que está em pecado na verdade não significa repreende-lo. Quem está vivendo no erro não precisa de um incentivo, mas de um auxílio.
#LEVITA
Essa morreu no Antigo Testamento. Os Levitas eram descendentes da Tribo de Levi, e eram encarregados de TODO O SERVIÇO no Templo. Mas Levita tem sido usado como sinônimo de músico. Pra começar a música no serviço levítico era a menor das tarefas. A faxina, organização e carregar peso nas costas, isso sim era a parte mais importante do trabalho. Levando em conta que eles não são Judeus nem descendentes daquela tribo e também lembrando que o Templo não existe mais, então estamos dispensados do serviço levítico. Músico é músico. Ponto.

#PROFETA
Segundo a bíblia, profeta é aquele que revela a vontade de deus ao povo. Simples assim. Porém tornou-se comum considerar que profeta é uma espécie de adivinho, que na bíblia afirma claramente que é pecado.

#UNÇÃO
A expressão ''unção'' virou clichê na boca de crente. É unção disso, unção daquilo… tudo sempre buscando atender ao interesse econômico; ou garantindo o controle das massas sob o pretexto de que UNÇÃO É PODER. Pra começar no Novo Testamento a palavra unção só é usada no sentido de afirmar que Cristo está em nós. Logo, ter unção é ter Cristo. Em todos os outros contextos, há ensinos explícitos sobre o ato de “ungir” pessoas, que seria orar com óleo, pedindo a Deus por curas específicas. Há algum poder neste óleo? Não mesmo. Mas é bom lembrar que no contexto bíblico, óleo também era considerado remédio para muitas doenças.

#ATO PROFÉTICO
A Igreja usa essa expressão tem sido profundamente contaminada com valores neo-pentecostais. Pra começar não existe a expressão “ato profético” na Bíblia. Essa expressão surgiu na verdade como uma tentativa de disfarçar o conceito de podemos fazer coisas que “movem a mão de Deus” na direção de nossos desejos.

19/07/2016

Ashura: uma breve explicação sobre a barbárie

Para entender o ritual de Ashura, vamos primeiro à uma breve explicação do que é o Islã: É a mais recente das grandes religiões mundiais que tem por fundador Maomé, que nasceu em Meca, na Arábia, por volta de 570 d.C.. É a segunda maior religião do planeta depois do cristianismo.


Na época de Maomé, naquela região do oriente era comum o culto à vários deuses embora o cristianismo e o judaísmo estivesse em crescimento. Maomé se destacou por ter uma filosofia própria, pregando a ideia de um único Deus e pela noção de fim do mundo acompanhado do juízo final. Estabelecido em Medina, logo se tornou um líder religioso e político, assaltando as caravanas que pertenciam às famílias de Meca, conseguiu se firmar financeiramente. Misturando o poder, controle político, preceitos morais e ensinamentos religiosos, Maomé deu início à uma luta pela causa de Alá, onde qualquer ato bárbaro era aceito em nome de uma “causa nobre”.



O nome dado a essa batalha, ou luta, jihad, mais tarde também usado para designar a guerra santa. Quando Maomé morreu, os muçulmanos passaram a ser liderados por califas, ou sucessores. A principal dissidência no islã foi causada por um desacordo sobre quem deveria ser o líder, a facção xiita acreditava que deveria ser um descendente direto do profeta, enquanto a maior facção, os sunitas, julgava que a liderança cabia ao indivíduo que de fato controlava o poder. No islã não existe um sacerdócio organizado, qualquer homem adulto muçulmano pode ser um dirigente das preces, um imã.


O dia da Ashura é o décimo dia do Muharram no calendário islâmico, marcando o clímax da reflexão do Muharram. Ele é celebrado pelos muçulmanos xiitas como o dia do martírio de Hussein ibn Ali, neto do profeta Maomé, morto na Batalha de Karbala, que aconteceu no 10º dia do Muharram do ano 61 do calendário islâmico (2 de outubro de 680 d.C). De acordo com a Suna, Maomé jejuou neste dia e pediu a outras pessoas que fizessem o mesmo. Muçulmanos sunitas também celebram o dia, tido como o dia que Moisés jejuou em gratidão a Deus pela liberação dos judeus do Egito.

Para relembrar o sacrifício de Hussein, que morreu em batalha com sua cabeça cortada e seu corpo mutilado, o povo sacrifica seu próprio corpo em celebração. Os xiitas saem a rua, munidos de chicotes com pontas de aço ou espadas, e batem em seu próprio corpo até sangrar. Muitos se batem até não ter mais forças. É um ritual bárbaro onde em nome da fé, crianças assistem fascinadas e até mesmo participam, os filhos bebês de pais mais ‘radicais’ recebem um corte na testa, representando o sofrimento de seu Imã. Em várias cidades do mundo há leis proibindo este ritual de autoflagelação e mutilação, no entanto ele continua sendo praticado entre os seus seguidores mais radicais.

Por: LoLa - Téa, a ateia©

21/06/2016

Papa Francisco diz que Igreja que não acolhe a todos deve ser fechada

“Penso em um sacerdote que não abriga todos. Feche suas portas, por favor. 
Porque ou é todo mundo, ou não é ninguém.”

Uma criança arrancou do papa Francisco uma de suas respostas mais sinceras a respeito da segregação promovida pela religião em alguns casos. O líder católico afirmou que as igrejas que não acolhem todos os tipos de pessoa deveriam fechar as portas. A menina italiana Serena, que visitou o Vaticano no último sábado, 11 de junho, durante o Jubileu dos Enfermos e Portadores de Necessidades Especiais, confessou a Francisco que não se sentia acolhida na paróquia que frequenta. “Serena, você me cria um problema, se eu te dissesse o que eu penso! Você citou uma das coisas mais feias que existem para nós, a discriminação”, desabafou o papa. “Penso em um sacerdote que não abriga todos. Feche suas portas, por favor. Porque ou é todo mundo, ou não é ninguém”, acrescentou, segundo informações da Agência France Presse.
Relembrando o passado da Igreja Católica, Francisco afirmou que no início do século 20 o papa Pio X causou tumulto entre os cardeais e outros sacerdotes da denominação ao sugerir que a comunhão deveria ser feita também por crianças, e não apenas adultos. “Uma criança não entende”, diziam os contrários à proposta, segundo o papa Francisco. A postura de acolhimento a todos é uma das marcas do líder católico, que se tornou manchete na imprensa mundial ao dizer que os homossexuais são bem-vindos na Igreja, apesar de sua conduta contrariar os ensinamentos bíblicos. Francisco também tem se empenhado para flexibilizar o acesso dos católicos divorciados à comunidade de fé, além de ser fortemente dedicado a combater os casos de pedofilia e abusos sexuais entre sacerdotes da Igreja Católica ao redor do mundo. Recentemente, o papa reiterou a decisão de expulsar bispos que tenham sido coniventes com esses escândalos.

06/06/2016

Giordano, o mártir do livre pensamento

 A morte de Bruno foi um símbolo de um período em mudança. Seus livros foram queimados, mas suas ideias continuaram. Esses atos mostravam, claramente, o desespero da igreja frente as mudanças e reformas que estavam acontecendo naquele período (XVI).


Muitos já devem ter ouvido falar de Giordano Bruno (1548 - 1600), considerado um dos pioneiros da ciência moderna. Muitos já devem ter ouvido falar também sobre a Idade Média, período marcado pela perseguição impiedosa da Igreja Católica aos pensadores que agiam contrários as ideias e dogmas cristãos. Nesse período, não havia muito espaço para contestações e críticas aos postulados impostos pela Igreja. Na época, muitos pensadores foram intitulados hereges, blasfemadores e, até mesmo, praticante de bruxaria. Passavam pelo tribunal da Santa inquisição, eram condenados e morriam queimados, em praça pública. Nascido numa família da nobreza de Nola (próximo ao Vesúvio) em 1548, Giordano, inicialmente chamava-se Fellipo Bruno. Aos 13 anos, começou a estudar Humanidades, Lógica e Dialética em Nápoles, no mesmo convento em que São Tomás de Aquino vivera e ensinara. Em 1565, aos 17 anos, recebeu o hábito de dominicano, ocasião em que mudou o nome para Giordano. Ordenado sacerdote em 1572, continuou seus estudos de Teologia no convento, concluindo-os em 1575. Para ele Deus transcendia a tudo e a todos, devendo ser buscado pela fé fervorosa, mais do que pela inteligência. Defendeu também o Panteísmo ao considerar que Deus estava em tudo o que havia na natureza. Em suas elaborações filosóficas duvidava dos preceitos católicos da Santíssima Trindade e questionava a existência de um Deus único e exterior ao homem, reprovando a violência por parte da religião, tanto que se recusou tenaz e obstinadamente a retratar-se diante da suprema corte, o que resultou em sua condenação. 

Defendia ainda que o universo era infinito, preceito contrário ao da igreja, que preconizava o geocentrismo, considerando a terra o centro do universo. Assim admitiu a teoria copernicana, relatando ser a terra mais um planeta entre uma infinidade de planetas e estrelas. Giordano, ao contrário de Galileo Galilei (1564–1642), negou-se a refutar a teoria do astrônomo alemão Johannes Kepler (1571–1630) de que a Terra girava em torno do Sol. Além disso, por ser padre e teólogo, suas heresias e dúvidas em relação à Santíssima Trindade, por exemplo, partiam de dentro da Igreja e foram interpretadas como um ato de insubordinação ao papa. No dia 17 de fevereiro de 1600, Giordano Bruno era queimado vivo no Campo dei Fiori, em Roma, depois de dois julgamentos e seis anos de cárcere, sob acusação de heresia e blasfêmia. A morte de Bruno foi um símbolo de um período em mudança. Seus livros foram queimados, mas suas ideias continuaram. Esses atos mostravam, claramente, o desespero da igreja frente as mudanças e reformas que estavam acontecendo naquele período (XVI). O exemplo de Bruno não é o único no campo de censura da Igreja, podemos lembrar de Hipátia de Alexandria (355 d.C – 415), outra que seria imortalizada pela posteridade. ou Galileu, exemplos não faltam. A Igreja Católica sempre tentou impedir que ideias contrárias a suas doutrinas se espalhassem, para não correr o risco de perder espaço e o controle do poder. Index Librorum Prohibitorum (Índice dos Livros Proibidos) foi foi uma lista de publicações literárias que eram proibidas pela Igreja Católica e as regras para que um livro entrasse nessa lista eram teorias que a Igreja Católica Apostólica Romana não apoiassem. Nela estavam livros que iam contra os dogmas da Igreja e que continham conteúdo tido como impróprio. Na lista aparecia pensadores como; Galileu Galilei, Copérnico, Giordano Bruno, Maquiavel, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu e Immanuel Kant. Hoje em dia, ainda há uma tentativa de censura e difamação de cientistas e pensadores – claro que não como em séculos passados – entretanto, é inegável a tentativa da igreja de faze-lo. 

Quando vemos pastores como Silas Malafaia (Presidente da Assembleia de Deus), difamando cientistas, como aconteceu, em 2013, com Eli Viera (Doutor em genética, pela Universidade de Cambridge), usando seus discursos sem argumentos sólidos, apenas para deleite de seu público e para não correr o risco de perder espaço e o controle do poder. Isso consolida ainda mais a ideia de retrocesso e tentativa de censura da Igreja. Será que ainda vamos ter que conviver com a restrição e discordância da Igreja? Quantos pensadores ainda serão queimados em praça pública, para que doutrinas se mantenham intactas? ( J.C )

23/05/2016

Mães e filhos de santo são expulsos de favelas por traficantes evangélicos

Os traficantes da favela, frequentadores de igrejas evangélicas, não toleravam a “macumba”. Terreiros, roupas brancas e adereços que denunciassem a crença já haviam sido proibidos, há pelo menos cinco anos, em todo o morro.  


A roupa branca no varal era o único indício da religião da filha de santo, que, até 2010, morava no Morro do Amor, no Complexo do Lins. Iniciada no candomblé em 2005, ela logo soube que deveria esconder sua fé: os traficantes da favela, frequentadores de igrejas evangélicas, não toleravam a “macumba”. Terreiros, roupas brancas e adereços que denunciassem a crença já haviam sido proibidos, há pelo menos cinco anos, em todo o morro. Por isso, ela saía da favela rumo a seu terreiro, na Zona Oeste, sempre com roupas comuns. O vestido branco ia na bolsa. Um dia, por descuido, deixou a “roupa de santo” no varal. Na semana seguinte, saía da favela, expulsa pelos bandidos, para não mais voltar.

- Não dava mais para suportar as ameaças. Lá, ser do candomblé é proibido. Não existem mais terreiros e quem pratica a religião, o faz de modo clandestino - conta a filha de santo, que se mudou para a Zona Oeste.
A situação da mulher não é um ponto fora da curva: já há registros na Associação de Proteção dos Amigos e Adeptos do Culto Afro Brasileiro e Espírita de pelo menos 40 pais e mães de santo expulsos de favelas da Zona Norte pelo tráfico. Em alguns locais, como no Lins e na Serrinha, em Madureira, além do fechamento dos terreiros também foi determinada a proibição do uso de colares afro e roupas brancas. De acordo com quatro pais de santo ouvidos pelo EXTRA, que passaram pela situação, o motivo das expulsões é o mesmo: a conversão dos chefes do tráfico a denominações evangélicas.

Atabaques proibidos na Pavuna

A intolerância religiosa não é exclusividade de uma facção criminosa. Distante 13km do Lins e ocupada por um grupo rival, o Parque Colúmbia, na Pavuna, convive com a mesma realidade: a expulsão dos terreiros, acompanhados de perto pelo crescimento de igrejas evangélicas. Desinformada sobre as “regras locais”, uma mãe de santo tentou fundar, ali, seu terreiro. Logo, recebeu a visita do presidente da associação de moradores que a alertou: atabaques e despachos eram proibidos ali.
-Tive que sair fugida, porque tentei permanecer, só com consultas. Eles não gostaram — afirma.
A situação já é do conhecimento de pelo menos um órgão do governo: o Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), empossado pelo próprio governador. O presidente do órgão, Roberto dos Santos, admite que já foram encaminhadas denúncias ao Cedine:
- Já temos informações desse tipo. Mas a intolerância armada só pode ser vencida com a chegada do estado a esses locais, com as UPPs.
O deputado estadual Átila Nunes (PSL) fez um pedido formal, na última sexta-feira, para que a Secretaria de Segurança investigue os casos.
- Não se trata de disputa religiosa mas, sim, econômica. Líderes evangélicos não querem perder parte de seus rebanhos para outras religiões, e fazem a cabeça dos bandidos — afirma.

Nas favelas, os ‘guerreiros de Deus’

Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefe do tráfico no Morro do Dendê, ostenta, no antebraço direito, a tatuagem com o nome de Jesus Cristo. Pela casa, Bíblias por todos os lados. Já em seus domínios, reina o preconceito: enquanto os muros da favela foram preenchidos por dizeres bíblicos, os dez terreiros que funcionavam no local deixaram de existir.
Guarabu passou a frequentar a Assembleia de Deus Ministério Monte Sinai em 2006 e se converteu. A partir daí, quem andasse de branco pela favela era “convidado a sair”. Os pais de santo que ainda vivem no local não praticam mais a religião.
A situação se repete na Serrinha, ocupada pela mesma facção. No último dia 22, bandidos passaram a madrugada cobrindo imagens de santos nos muros da favela. Sobre a tinta fresca, agora lê-se: “Só Jesus salva”.
O babalaô Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), criada justamente após casos de intolerância contra religiões afro-brasileiras em 2006, afirma que os casos serão discutido pelo grupo, que vai pressionar o governo e o Ministério Público para que a segurança do locais seja garantida e os responsáveis pelo ato sejam punidos. “Essas pessoas são criminosas e devem ser punidas. Cercear a fé é crime”, diz o pai de santo.
Mãe de santo: proibida de circular na favela com as

Lei mais severa
Desde novembro de 2008, a Polícia Civil considera como crimes inafiançáveis invasões a templos e agressões a religiosos de qualquer credo a Lei Caó. A partir de então, passou a vigorar no sistema das delegacias do estado a Lei 7.716/89, que determina que crimes de intolerância religiosa passem a ser respondidos em Varas Criminais e não mais nos Juizados Especiais. Atualmente, o crime não prescreve e a pena vai de um a três anos de detenção.
Filha de santo, que foi expulsa do Lins: ‘Não suportava mais fingir ser o que não era’.
- Me iniciei no candomblé em 2005. A partir de minha iniciação, comecei a ter problemas com os traficantes do Complexo do Lins. Quando cheguei à favela de cabeça raspada, por conta da iniciação, eles viravam o rosto quando eu passava. Com o tempo, as demostrações de intolerância aumentaram. Quando saía da favela vestida de branco, para ir ao terreiro que frequento, eles reclamavam. Um dia, um deles veio até a minha casa e disse que eu estava proibida de circular pela favela com aquelas “roupas do demônio”. As ameaças chegaram ao ponto de proibirem que eu pendurasse as roupas brancas no varal. Se eu desrespeitasse, seria expulsa de lá. No fim de 2010, dei um basta nisso. Não suportava mais fingir ser o que eu não era e saí de lá.
Mãe de santo há 30 anos, expulsa da Pavuna: ‘Disseram que quem mandava ali era o ‘Exército de Jesus”.
- Comprei, em 2009, um terreno no Parque Colúmbia, na Pavuna. No local, não havia nada. Mas eu queria fundar um terreiro ali e comecei a construir. No início, só fazia consulta, jogava búzios e recebia pessoas. Não fazia festas nem sessões. Não andava de branco pelas ruas nem tocava atabaque, para não chamar a atenção. Um dia, o presidente da associação de moradores foi até o local e disse que o tráfico havia ordenado que eu parasse com a “macumba”. Ali, quem mandava na época era a facção de Acari. Já era mais de santo há 30 anos e não acreditei naquilo. Fui até a boca de fumo tentar argumentar. Dei de cara com vários bandidos com fuzis, que disseram que ali quem mandava era o “Exército de Jesus”. Disse que tinha acabado de comprar o terreno e que não iria incomodar ninguém. Dias depois, cheguei ao terreiro e vi uma placa escrito “Vende-se” na porta — eles tomaram o terreno e o puseram a venda. Não podia fazer nada. Vendi o terreno o mais rapidamente possível por R$ 2 mil e fui arrumar outro lugar.

Fonte: EXTRA/30/09/2015