Téa, a ateia©
“Deuses são coisas frágeis; eles podem ser mortos com uma baforada de ciência ou uma dose de senso comum.”
-Chapman Cohen
22/07/2016
19/07/2016
Ashura: uma breve explicação sobre a barbárie
Para entender o ritual de Ashura, vamos primeiro à uma breve explicação do que é o Islã:
É a mais recente das grandes religiões mundiais que tem por fundador Maomé, que nasceu em Meca, na Arábia, por volta de 570 d.C.. É a segunda maior religião do planeta depois do cristianismo.
Na época de Maomé, naquela região do oriente era comum o culto à vários deuses embora o cristianismo e o judaísmo estivesse em crescimento. Maomé se destacou por ter uma filosofia própria, pregando a ideia de um único Deus e pela noção de fim do mundo acompanhado do juízo final. Estabelecido em Medina, logo se tornou um líder religioso e político, assaltando as caravanas que pertenciam às famílias de Meca, conseguiu se firmar financeiramente. Misturando o poder, controle político, preceitos morais e ensinamentos religiosos, Maomé deu início à uma luta pela causa de Alá, onde qualquer ato bárbaro era aceito em nome de uma “causa nobre”.
O nome dado a essa batalha, ou luta, jihad, mais tarde também usado para designar a guerra santa. Quando Maomé morreu, os muçulmanos passaram a ser liderados por califas, ou sucessores. A principal dissidência no islã foi causada por um desacordo sobre quem deveria ser o líder, a facção xiita acreditava que deveria ser um descendente direto do profeta, enquanto a maior facção, os sunitas, julgava que a liderança cabia ao indivíduo que de fato controlava o poder. No islã não existe um sacerdócio organizado, qualquer homem adulto muçulmano pode ser um dirigente das preces, um imã.
Para relembrar o sacrifício de Hussein, que morreu em batalha com sua cabeça cortada e seu corpo mutilado, o povo sacrifica seu próprio corpo em celebração. Os xiitas saem a rua, munidos de chicotes com pontas de aço ou espadas, e batem em seu próprio corpo até sangrar. Muitos se batem até não ter mais forças. É um ritual bárbaro onde em nome da fé, crianças assistem fascinadas e até mesmo participam, os filhos bebês de pais mais ‘radicais’ recebem um corte na testa, representando o sofrimento de seu Imã. Em várias cidades do mundo há leis proibindo este ritual de autoflagelação e mutilação, no entanto ele continua sendo praticado entre os seus seguidores mais radicais.
Por: LoLa - Téa, a ateia©
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